O Significado das Palavras
Como é conhecida a actividade
A palavra Canyoning é um termo conhecido em quase todos os países onde se pratica a actividade, embora em alguns, devido a especificidades linguísticas, se tenham adoptado também outras designações entre os praticantes. Nos Estados Unidos da América “Canyoneering”, em Espanha “Barranquismo”, em França “Descente de Canyon” ou “Canyonisme”. Em Portugal já se falou em “Descida de Cascatas”, actualmente usa-se “Canyoning”, no Brasil, para além de Canyoning, também é frequente a designação “Canionismo” e na África do Sul, “Koofling”.
Podemos encontrar diversos significados convergentes para a palavra Canyon, um disponível em http://www.audioenglish.net/dictionary/canyon.htm é o seguinte: Canyon – a ravine formed by a river in an area with little rainfall (ravine – a deep narrow steep-sided valley, especially one formed by running water).
Alguns termos que constam no dicionário português, que se associam às morfologias (Morfologia – Tratado das formas que a matéria pode tomar – http://www.priberam.pt/) dos locais onde se desenvolve o Canyoning.
Talvegue- s. m.
1. Linha mais ou menos sinuosa, ao fundo de um vale, por onde correm as águas.
2. Linha de intersecção dos planos de duas encostas.
Significado em http://www.priberam.pt/
Talvegue – É a linha mais funda de um vale ou curso de água
Significado em http://e-geo.ineti.pt
Ravina
(francês ravine)
s. f.
1. Torrente de água pluvial que se precipita de lugar elevado; enxurro.
2. Barranco.
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Torrente –s. f.
1. Corrente de água rápida e impetuosa que provém de grandes chuvas ou do súbito derretimento das neves.
2. O álveo que a torrente tem aberto na vertente das montanhas.
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Rio – s. m.
1. Grande curso de água natural, quase sempre oriunda das montanhas, que recebe no seu trajectotrajeto águas de regatos e ribeiros, e desagua noutro curso de água ou no mar.
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Ribeira –s. f.
1. Rio de pouco caudal e de pequeno curso.
2. Vala cavada pelas águas de enxurrada.
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Ribeiro – s. m.
1. Rio pequeno; regato, riacho, arroio.
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Córrego s. m.
1. Rego por onde corre bastante água.
2. Caminho apertado entre montes.
Bras. córrego seco: sulco torrencial temporário.
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Vale s. m.
1. Espaço entre duas montanhas.
2. Planície, no sopé de um monte ou à beira de um rio.
3. Talvegue.
4. Bacia de um curso de água.
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Garganta s. f.
1. Parte situada entre o esófago e a boca.
2. Parte anterior do pescoço.
3. Desfiladeiro; abertura estreita.
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Desfiladeiro s. m.
Passagem estreita entre montes.
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Dos significados acima mencionados, um que se aproxima muito do meio de prática do Canyoning seria Talvegue. Com a devida composição para actividade, teríamos Talveguismo como termo português para a mundialmente conhecida prática do Canyoning. Por outro lado respeitando a construção original da palavra, mas dando um som e uma redacção mais portuguesa, o termo já utilizado no Brasil – Canionismo, parece ter “pernas para andar” numa perspectiva de uma designação nacional e não, de ter várias, uma para cada “província” de Portugal, como alguns pouco ligados à actividade ou mais bairristas, por vezes, tentam impor.
As designações dos itinerários explorados para a prática do Canyoning nem sempre coincidem com as designações dos cursos de água onde se desenvolve a actividade, embora exista alguma discussão com origens menos informadas.
No mundo dos exploradores é uma prática comum, ancestral, traduzindo em português simples, quem descobre, quem sofre, quem investiu o corpo e os meios, normalmente designa a obra, já foi assim com os portugueses que baptizaram “espaços geográficos” durante os Descobrimentos.
Quando se iniciou a prática do Canyoning, os cursos de água já existiam e as suas designações também (com algumas excepções), mas não existia o itinerário aberto, conhecido, preparado para a prática do Canyoning, que pode ou não coincidir com a extensão total do curso de água, e, é essa parte que o explorador, praticante de Canyoning, nomeia. Muitas vezes o Canyon assume a designação do curso de água, mas em alguns casos assume uma designação que caracteriza um aspecto morfológico importante ou um facto ocorrido durante a sua abertura.
Um exemplo comum no mundo da montanha são as designações das vias de escalada de Picos e, as vias de Escalada Desportiva em maciços rochosos conhecidos, que possuem inúmeras designações dadas pelos seus autores, que muitas vezes não se conotam com a designação da área ou do local onde se situam.
Na Madeira, com certeza, que uma tradição de montanha que se construiu com anos de conquistas por todo o mundo, não poderá dar lugar ao conservadorismo de montanhistas de secretária. Os grandes feitos que sejam baptizados pelos seus autores!!! O que de modo algum não é impeditivo de usar alguma coerência com os locais e uma boa dose de bom senso.
É sempre possível dizer que vamos fazer o “Canyon das Lagoas Verdes”, na Ribeira da Palha!?
ART.OP. – Novembro 2009,
António F. P. Olival
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