Córrego do Inferno

Descrição sumária:

“É um canyoning de inverno, pois pese embora tenha passagens bem cavadas e abertas profundamente no “cerro”, o que é característico de linhas de águas com algum caudal, contudo o Córrego do Inferno nasce numa pequena bacia de captação situada no parque do Ribeiro Frio.

A vantagem que apresenta e a possibilidade de ser exequível nos dias de muita água, no pico do inverno. Tem a vantagem de seguir paralelo a uma pista de BTT, o que facilita em termo de resgate e evacuação se alguma vez tal for necessário.

Com uma marcha de aproximação #1 de 35 a 40 min, numa subida suave através de um bosque bonito mesclado de árvores exóticas, como por exemplo a criptoméria, de infestantes como o eucalipto mas também com muita flora indígena. Todo o trajeto é num ambiente muito calmo e húmido, sempre a coberto do sol, onde o tempo passa de pressa e sem nos apercebermos. O cuidado de ser redobrado nas partes onde partilhamos o espaço com a pista de BTT, o que obriga a estarmos atentos e conscientes que em caso de ouvir a aproximação de uma bicicleta temos de nos resguardar para não atrapalhar a passagem dos ciclistas. Aqui é importante o silêncio.

Chegados à segunda mancha de criptomérias saímos na primeira curva à direita sempre até alcançar a primeira linha de água utilizando uma suave curva de nível que se desenvolve no lombo pelo seu lado esquerdo. Chegados à primeira linha de água continuamos e poucos metros à frente entramos definitivamente no canyoning do Córrego do Inferno.

A chegada à linha de água onde se desenvolve esta descida é justamente onde se situa o primeiro rappel, e simultaneamente o maior com 17 metros.

A descida é suave, sem grandes desníveis, por vezes encontramos alguns aglomerados de troncos arrastados pelas águas e que se depositaram em passagens mais estreitas, tornando algumas destas passagens em obstáculos trabalhosos mas engraçados.

À medida que descemos torna-se mais aquático, mas sempre com pouca água na maior parte do ano. É uma descida para ser feita em pleno inverno quando as restantes descidas estiverem no vermelho por excesso de água.

A descida recorre a muitos destrepes, em grande parte deles encontrarão material de apoio, não que seja essencial mas pode ajudar em alguns casos e facilitar a passagens dos menos adaptados a estas andanças.

A linha de água cruza a vereda dos Balcões, quase na sua parte final, o que serve para quem precisar sair e chegar facilmente ao Ribeiro Frio. Esta saída logo depois da ponte, à esquerda, é muito fácil.

O troço final é mais fácil apenas com um rapel apenas de 5m + 2m.

Quem preferir continua a descer até à estrada, também com saída muito fácil.

Bom para famílias, grupos pequenos e pessoas menos adaptadas à atividade, constituindo uma alternativa para o turismo, nos dias de muita água ou muita procura das outras linhas de água.

É muito agradável, com água é um prazer, e quando for mais utilizado com uma entrada mais direta até ao ribeiro será mais fácil.

Foi aberto em família, onde o mais velho contava com 61 anos e o mais novo com 13 anos.

Última nota, mas importante, trata-se de um trajeto todo ele a decorrer dentro de uma propriedade privada, conhecida como o “Montado do Gama”, e como tal de haver um cuidado acrescido para que não surjam indicações desfavoráveis por parte dos proprietários.”